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Quase camuflados nas extensas planícies podemos encontrar locais onde afloram testemunhos da história geológica que de outra forma permaneceria oculta no subsolo. A geologia desta região é muito rica tal como demonstrado pelo elevado número de minas que têm sido exploradas desde o tempo dos Fenícios. Estas rochas ricas em cobre, zinco e ferro dão um brilho branco a estes locais, o que poderá ter originado os nomes de algumas minas desta região incluindo a de “Neves-Corvo”. Estes habitats dominados pela pedra (habitats rupícolas) estão cheios de vida. A erosão forma minúsculas fendas que se vão alargando e enchendo de solo para em breve serem colonizadas por organismos pioneiros: líquenes, briófitos e plantas vasculares de reduzidas dimensões. Os líquenes cobrem muitas rochas dando um aspecto colorido à paisagem durante todo o ano. Alguns destes líquenes são quase invisíveis a olho nu uma vez que crescem no interior das rochas. Alguns répteis, como a lagartixa-do-mato, usam estes habitats para protecção e para termorregularem o corpo graças à temperatura das rochas aquecidas pelo sol. Muitas aves, em particular rapinas como o bufo-real, utilizam o topo dos afloramentos para vigiar os arredores planos.
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