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Os primeiros animais que surgiram na Terra foram invertebrados. Conquistaram todos os ecossistemas aquáticos e terrestres e tornaram-se capazes de sobreviver nos ambientes mais extremos do nosso planeta. No calor do Verão alentejano, o som das cigarras lembra-nos que mesmo as paisagens mais áridas têm vida. Comparados com os vertebrados, os invertebrados encontram-se, na maioria dos ecossistemas, em maior número, diversidade e biomassa. Representam um grande número de filos do reino animal. Tipicamente com um ciclo de vida complexo, muitas espécies sofrem metamorfoses para passar da fase larvar à fase adulta. Algumas espécies são verdadeiras arquitectas da natureza. Exemplos disso são as teias das aranhas, as conchas dos moluscos, as colmeias das abelhas e os casulos das borboletas. Ecologicamente, desempenham papéis muito importantes no ciclo de nutrientes, devido ao facto de muitos deles serem animais decompositores. Por estarem na base da cadeia alimentar, muitos níveis tróficos dependem da sua existência. Os insectos são também responsáveis por assegurar a reprodução de muitas espécies vegetais através da polinização e dispersão de sementes. A principal ameaça a este grupo tão importante é o uso de produtos tóxicos na agricultura e, mais recentemente, o aquecimento global. |
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