Charcos temporários

Cursos de água

A característica mais importante dos cursos de água do Baixo Alentejo Interior é o seu regime intermitente. Estes cursos de água apresentam um forte caudal no Inverno e quase ausência de água no Verão, que apenas permanece em pequenos pegos. Uma formação verdejante serpenteando o amarelo das pseudo-estepes permite-nos identificar a vegetação ripária durante o Verão. As espécies que vingam nestes locais evoluíram a lidar com estes períodos extremos. Algumas espécies vegetais são aquáticas, como os ranúnculos, e outras são mais características das orlas, como os juncos, os salgueiros e os loendros. A vegetação ripária alberga uma grande variedade de aves passeriformes tais como o guarda-rios ou aves limícolas como a narceja, que surgem nas zonas onde a corrente é menos forte. Nos remansos da ribeira, na Primavera, no final do dia ouve-se o coaxar das rãs, que aí se concentram em grande número para se reproduzir e realizar as posturas, mimetizando um coro. Nas zonas mais profundas é possível avistar lontras, embora os seus excrementos facilmente encontrados nas pedras junto às margens sejam o sinal mais evidente da sua presença. O cágado-mediterrânico gosta de apanhar sol nas margens lamacentas e alguns mamíferos vêm beber água nas margens, como o sacarrabos. Em alguns locais, nos meses mais quentes, a água fica retida em pegos e atinge temperaturas muito elevadas às quais os peixes que lá sobrevivem estão adaptados.

 Construções

ESPÉCIES