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Existem na região várias construções abandonadas, vestígios de um passado mais habitado nas regiões rurais. Oferecendo sítios protegidos do sol e da chuva são locais invadidos pelo mato e, sem a perturbação induzida pela presença humana regular, transformaram-se em refúgios para muitos grupos de vertebrados tais como répteis, aves, morcegos e outros pequenos mamíferos. Dos primeiros, a espécie mais abundante e activa nas noites de Verão é a osga-comum. Estes habitats semi-naturais tornaram-se, ao longo dos tempos, indispensáveis à sobrevivência de algumas espécies de aves nos ecossistemas Mediterrânicos. É o caso do peneireiro-das-torres, que nidifica exclusivamente em cavidades das ruínas e a coruja-das-torres que deve o seu nome comum ao facto de construir o ninho neste tipo de construções. A abundante presença de micromamíferos como roedores e insectívoros nas imediações proporciona a estas aves de rapina refeições de fácil obtenção. Outras aves nidificam nestas construções como a andorinha-das-barreiras, a andorinha-das-chaminés e o melro-azul.
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