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A azinheira (Quercus rotundifolia) é a espécie arbórea autóctone mais abundante da região e a principal responsável pelas poucas sombras aí existentes. É debaixo delas que muitos animais se protegem do tórrido sol de Verão. Os seus ramos e casca são habitat para uma grande diversidade de insectos e outros invertebrados, o que faz com que sejam muito visitadas por aves insectívoras como o pica-pau-verde. As azinheiras têm um porte muito variável mas, no caso dos montados, devido às podas de formação e cortes sucessivos, originam árvores com 12-15 m de altura. Devido ao carácter persistente das folhas (até 4 anos), o aspecto das copas muda pouco ao longo do ano, à excepção do aparecimento de uma cor amarelada na Primavera devido às flores masculinas (amentilhos). Os seus frutos, as bolotas, amadurecem a partir do final do Outono e constituem uma parte importante da dieta de mamíferos como o javali e alguns pequenos roedores como o rato-do-campo, sendo um dos principais recursos para o porco de montanheira. Ao longo dos séculos, a sua madeira densa foi usada na construção por ser resistente ao apodrecimento e ao ataque de insectos xilófagos (que se alimentam de madeira). |
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